segunda-feira, 19 de julho de 2010

A minha Reflexão sobre a Construção e Aplicação dos Instrumentos

Na planificação e construção dos instrumentos que elaborei no decorrer desta acção de formação, o meu maior desafio foi que estes oferecessem aos meus alunos oportunidades de tomar diferentes caminhos, através de processos de aprendizagem tão diferenciados quanto possível, que facilitassem diferentes ritmos de trabalho e o sucesso do processo ensino-aprendizagem.
Para contextualizar de forma enriquecedora os instrumentos educativos tive que dar resposta a vários desafios, como a recolha de materiais pertinentes e motivadores para o aluno, o aliar das imagens aos textos e a outros materiais e a criação de momentos de autoavaliação do decorrer do processo.
A auto-avaliação é fundamental para que os alunos possam assumir a responsabilidade pela sua própria aprendizagem e desenvolvimento, proporcionando uma oportunidade de reflectir e intervir sobre a forma como a mesma está a decorrer.
No decurso da implementação, procurei cumprir os objectivos previamente delineados na planificação que elaborei para cada um dos instrumentos. Penso ter cumprido com rigor cada um deles e, desta forma, ter conduzido os alunos no desenvolvimento das competências pretendidas.


No caso específico da webquest considero que, estava muito bem elaborada conseguindo corresponder às minhas expectativas iniciais. Resultou num instrumento bastante apelativo quer sob o ponto de vista gráfico, quer sob o ponto de vista do conteúdo, uma vez que, a própria temática se proposcionava a isso. Os alunos sentiram um pouco de dificuldades nas duas primeiras aulas de implementação, dado que era a primeira vez que se encontravam a realizar uma actividade que implicava uma pesquisa orientada na Web. Outra das razões que poderá ter contribuído para esta desorientação inicial dos alunos, foi o facto de a webquest ser composta por duas fases distintas, que foram desde logo apresentadas e embora tivessesm sido orientados de que deveriam apenas centrar-se na primeira fase, houve alunos que ficaram algo confusos. Quanto à visita virtual a Paris, devo dizer que o produto final conseguiu exceder largamente as minhas expectativas iniciais. Considero ter sido um projecto no qual me envolvi de corpo e alma e que me proporcionou uma satisfação enorme porque para além de ter ido de encontro a todos os objectivos propostos, desenvolveu nos alunos competências que eu própria não havia previsto, sobretudo no domínio das atitudes e valores. Apenas a referir que houve necessidade de reajustar o número de aulas previstas para a realização da visita virtual, que inicialmente foi de apenas 90 minutos, havendo necessidade de a prolongar por mais 90 minutos. Este facto, ficou a dever-se ao grande entusiasmo manifestado pelos alunos no decorrer da actividade.
A conciliação da visita virtual com o diário de bordo, resultou num casamento perfeito. Consegui que o diário de bordo tivesse uma enorme adesão por parte dos alunos, que se sentiram porventura, muitos deles, autores de algo, bem como dos próprios encarregados de educação. Foi deveras fantástico!

Um aspecto que devo melhorar futuramente será ao nível da maior envolvenvência dos alunos na definição de critérios de avaliação. Considero que em ambas as situações negociei com os alunos os parâmetros de avaliação bem como o peso a atribuir a cada um deles, contudo poderia ter tido um efeito mais responsabilizador se fossem eles próprios a definir quais os critérios a partir dos quais deveriam ser avaliados.
Em suma, adorei realizar os três instrumentos de avaliação. Considero que cada um, à sua maneira, permitem incutir novas potencialidades no processo ensino-aprendizagem, sendo a mais significativa, o facto dos alunos poderem construir o seu próprio conhecimento, respeitando o seu ritmo de trabalho. Por outro lado, considero que envolve mais os alunos na sua própria aprendizagem, tornando-os mais autónomos e criativos.
Claro que existem alguns aspectos aos quais o professor tem de estar atento quando implementa um instrumento destes, por exemplo, a necessidade de se estabelecerem metas que impliquem a aplicação da informação recolhida evitando, desta forma, o perigo do “copy-paste”.
Outra das dificuldades a vencer será a resistência que existe em relação a este tipo de metodologia (instrumentos electrónicos) pelo facto de serem métodos de ensino não tradicional e por isso menos aceites, até mesmo por desconhecimento. Podendo esta situação partir até mesmo dos próprios alunos.

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