
Construídos que estavam os materiais, chegou a hora de passar à prática, ou seja, à sua implementação na sala de aula.
Claro está que a teoria defendida pela formadora era boa. Percebemos que era urgente mudarmos as nossas práticas e passar a avaliar as competências específicas de cada disciplina não apenas pelas fichas de avaliação, que muitos alunos encaram como o bicho papão da avaliação e do ensino, mas sobretudo pelo dia a dia na sala de aula. Contudo, era necessário aferir até que ponto a sua aplicação era exequível, pois como sabemos, por um lado, a ruptura com as nossas práticas torna-se difícil, a resistência à mudança é enorme por vários imperativos.
No que concerne à disciplina que lecciono, a Geografia, o primeiro argumento que se me afigurou foi o facto da disciplina ter uma carga horária reduzidíssima, apenas 90 minutos semanais em cada um dos anos que compõem o 3º ciclo. Ora, este factor possui um duplo efeito negativo. Por um lado, o fraco conhecimento que temos dos alunos e a necessidade de efectuar registos por várias semanas, uma vez que, dificilmente se consegue observar toda a turma numa mesma aula. Por outro lado, esta situação (90m/semanais) faz com que o professor seja sobrecarregado com um número excessivo de turmas.
Poderíamos ainda encontrar outras razões que se afiguram como um obstáculo à mudança, como é o caso do cumprimento dos programas. Sobre esta questão pode contrapor-se: mas não é necessário cumprir programas. Efectivamente, não se encontra escrito em lado algum que tenha que o fazer, no entanto, constitui um dos parâmetros do novo modelo de avaliação dos professores.
Argumentos à parte, decidi por mãos à obra. Inicialmente pensei em fazê-lo apenas numa turma. Contudo, senti a necessidade de o fazer às três turmas do ensino regular por mim leccionadas no presente ano lectivo (9º C, 9º D e 9º G).
A formadora, Sandra Cardoso, sempre nos alertou para a importância das nossas grelhas de registo estarem bem elaboradas e em completa sintonia e coerência com as nossas orientações programáticas, mas sobretudo, deveriam ser funcionais. Chegara então a hora de aferir se eram ou não funcionais e práticas.
Quanto à grelha de registo dos trabalhos de casa, revela-se funcional, assim como, a de avaliação dos trabalhos práticos, a do saber/saber-fazer e a do saber-fazer.
No que respeita à grelha de avaliação final achei que continha demasiados parâmetros a observar, quer no domínio do saber/saber-fazer, quer no domínio do saber-ser.
Antes:


Depois:




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