sábado, 4 de julho de 2009

Aplicação dos materiais

2 - Relatório de Implementação

Construídos que estavam os materiais, chegou a hora de passar à prática, ou seja, à sua implementação na sala de aula.
Claro está que a teoria defendida pela formadora era boa. Percebemos que era urgente mudarmos as nossas práticas e passar a avaliar as competências específicas de cada disciplina não apenas pelas fichas de avaliação, que muitos alunos encaram como o bicho papão da avaliação e do ensino, mas sobretudo pelo dia a dia na sala de aula. Contudo, era necessário aferir até que ponto a sua aplicação era exequível, pois como sabemos, por um lado, a ruptura com as nossas práticas torna-se difícil, a resistência à mudança é enorme por vários imperativos.
No que concerne à disciplina que lecciono, a Geografia, o primeiro argumento que se me afigurou foi o facto da disciplina ter uma carga horária reduzidíssima, apenas 90 minutos semanais em cada um dos anos que compõem o 3º ciclo. Ora, este factor possui um duplo efeito negativo. Por um lado, o fraco conhecimento que temos dos alunos e a necessidade de efectuar registos por várias semanas, uma vez que, dificilmente se consegue observar toda a turma numa mesma aula. Por outro lado, esta situação (90m/semanais) faz com que o professor seja sobrecarregado com um número excessivo de turmas.
Poderíamos ainda encontrar outras razões que se afiguram como um obstáculo à mudança, como é o caso do cumprimento dos programas. Sobre esta questão pode contrapor-se: mas não é necessário cumprir programas. Efectivamente, não se encontra escrito em lado algum que tenha que o fazer, no entanto, constitui um dos parâmetros do novo modelo de avaliação dos professores.
Argumentos à parte, decidi por mãos à obra. Inicialmente pensei em fazê-lo apenas numa turma. Contudo, senti a necessidade de o fazer às três turmas do ensino regular por mim leccionadas no presente ano lectivo (9º C, 9º D e 9º G).
A formadora, Sandra Cardoso, sempre nos alertou para a importância das nossas grelhas de registo estarem bem elaboradas e em completa sintonia e coerência com as nossas orientações programáticas, mas sobretudo, deveriam ser funcionais. Chegara então a hora de aferir se eram ou não funcionais e práticas.
Quanto à grelha de registo dos trabalhos de casa, revela-se funcional, assim como, a de avaliação dos trabalhos práticos, a do saber/saber-fazer e a do saber-fazer.
No que respeita à grelha de avaliação final achei que continha demasiados parâmetros a observar, quer no domínio do saber/saber-fazer, quer no domínio do saber-ser.
Antes:
Esses parâmetros, já eram observáveis nas grelhas parciais respectivas, por isso considerei uma repetição desnecessária. Assim sendo, decidi eliminá-los e incluir hiperligações das grelhas parciais para a final.
Depois:
Quanto ao aperfeiçoamento que fiz na grelha de correcção das fichas de avaliação, na qual inclui uma tabela que permite verificar quais as competências onde os alunos revelaram maiores dificuldades, bem como os domínios nos mais falharam (conhecimento, interpretação ou desenvolvimento), considero que foram excelentes. Apesar disso, como foi aplicada na última ficha de avaliação, o feedback foi um pouco irrelevante. Quando utilizada desde o início do ano lectivo, inclusive na avaliação diagnóstica, creio que poderá a revelar-se duplamente eficaz. Por uma lado, permite-nos fazer uma avaliação diagnóstica constante, ao longo do ano, sendo possível intervir com modalidades de apoio específicas para aquele grupo de alunos individualmente. Por outro, permite ao professor, mediante a análise da grelha dos domínios, aferir a própria forma como o teste foi elaborado. Será que incidiu mais sobre perguntas do domínio do conhecimento, em que na maioria dos casos os alunos se limitam a memorizá-los na véspera da ficha de avaliação? ou será que, pelo contrário, valorizou mais questões relacionadas com a interpretação e o relacionamento dos conteúdos?
De igual modo, permite também a partir da grelha de verificação das competências, constatar se as perguntas do teste versavam de uma forma mais ou menos equilibrada as várias competências embora, por vezes, tal esteja dependente do ano de escolaridade.

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