sexta-feira, 3 de julho de 2009

A minha Filosofia de Ensino


Em pleno século XXI, muito se fala sobre o ensino. A cada instante, somos bombardeados com novos artigos que tratam do assunto. Novas metodologias, novas estratégias de ensino… Ainda assim, muitas dúvidas pairam no ar: O que é ensinar? O que se ensina? É realmente possível ensinar? Qual é o papel do educador de hoje? Ainda que tenhamos profundo conhecimento das matérias que vamos abordar, bem como das metodologias mais recentes do ensino, existirá sempre o toque pessoal que cada educador incute na sua sala de aula, e isto faz a diferença!
Quando no início de cada ano lectivo sou confrontada com um novo grupo de alunos, procuro sempre perceber as suas necessidades e o seu perfil. Só a partir daí serei capaz de determinar como vou trabalhar com eles. Não acredito que um método seja melhor que outro pelo simples facto de ser o mais recente ou estar “na moda”. Procuro sempre analisar o que realmente se aplica à realidade dos meus educandos e, considero que é isso que torna a aprendizagem mais eficaz.
Outro dos aspectos que considero importante é termos a consciência de que ensinar é uma eterna apredizagem. Não se pode assumir uma postura autoritária perante os alunos como se o saber fosse algo acabado. Temos que ser flexíveis, pois os alunos são o nosso melhor termómetro para medir a nossa eficiência como educadores.
Acredito também que mais do que conceitos, o educador precise trabalhar habilidades e postura diante do mundo. Nenhuma aula, seja ela de que disciplina for, ensina aos alunos tudo. Ensinar é mais do que debitar conteúdos, é sobretudo, ensinar os alunos a serem autónomos em relação ao conhecimento, reflectindo criticamente sobre as temáticas que são abordadas. Neste aspecto, a disciplina que lecciono - Geografia - é fantástica porque lhes abre uma porta para o mundo.
Nas várias cadeiras pedagógicas que temos na nossa formação e na qual estudamos a filosofia de vários pedagogos, houve uma citação de Maria Montessori que me marcou e na qual procuro basear a minha vida pessoal e profissional:" Ajude-me a crescer, mas deixe-me ser eu mesma".Ora daqui depreendemos facilmente que os nosso alunos devem ser impulsionados pelo seu próprio eu e não pela vontade do professor.
Concluindo, educar é uma tarefa extremamente complexa, repleta de desafios pois não existe receita, o que funciona para um não funciona para outro. Sou uma professora que procura enfrentar esses desafios com calma e serenidade. Tenho uma certa facilidade em me adaptar às mudanças que vão surgindo, como no contexto actual onde as tecnologias estão cada vez mais presentes na escola. Sou curiosa e isso ajuda-me nessa adaptação. Procuro conhecer a realidade onde estou inserida para tentar desenvolver um trabalho coerente com a mesma.

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